Matéria: Rodrigo
de Aguiar;
Foto: Carlos
Queiroz jornal Diário Popular.
Está
oficialmente encerrada a greve do transporte coletivo de Pelotas, a paralisação
de cinco dias que afetou diversos usuários do serviço teve seu fim na noite de
ontem em assembleia realizada na sede do sindicato dos rodoviários da cidade,
os quase trezentos trabalhadores que estavam reunidos optaram por aceitar os 8%
de aumento salarial sem plano de saúde proposto pelos empresários e pela desembargadora
do TRT da 4ª Região, Rosane Casa Nova, em reunião na tarde de hoje em Porto
Alegre.
O movimento de
greve teve seu início na última quinta-feira, dia 13, quando os rodoviários
rejeitaram as propostas ofertadas pela classe patronal, os profissionais
pleiteavam um reajuste de 14% mais plano de saúde e a manutenção das cláusulas,
entretanto os empresários ofertaram 6% com o benefício do plano e 8% sem o convênio.
Pontualmente às 0h os coletivos não deixaram as garagens e o caos começava a se
instalar na cidade que recém dormia. No
início da manhã usuários foram pegos de surpresa, muitos aguardaram durante
horas a passagem dos ônibus que em nenhum momento circularam pelas ruas do
centro e dos bairros.
Ao longo de toda
a manhã do primeiro dia a população utilizou meios alternativos para chegar aos
destinos de seus compromissos, o que acabou causando diversos transtornos. Na
parte da tarde uma liminar expedida por uma desembargadora do TRT ordenou que
70% dos coletivos circulassem nos horários de pico e 30% nos demais horários e
em caso de descumprimento da norma uma multa diária de 10 mil reais seria
cobrada da classe.
Em entrevista
por telefone realizada na noite de ontem o Presidente do Sindicato dos
Rodoviários, Eder Blank, disse que o valor de 8%, acertado na assembleia, e
horas mais cedo na sede do TRT em Porto Alegre, na seção de Dissídios Coletivos,
pode ter a companhia do plano de saúde, caso haja o aumento de cinco centavos
na passagem dentro de 90 dias. A aprovação foi de 100% da categoria.
Blank concluiu
dizendo que o sindicato, apesar de ter paralisado o serviço e causado transtornos,
avalia como positivo o movimento e que este foi o reajuste que se conseguiu,
mesmo não sendo o pleiteado anteriormente.
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